Porque ele é o guia da sabedoria e orientador dos sábios"

Jesus

Meu irmão meu amigo seja bem vindo a casa é sua , a PAZ de Cristo e o AMOR de Maria.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Uma santa quaresma e uma feliz PÁSCOA!

Padre José Erinaldo
Roma, 17 de março de 2011
Deus seja louvado na sua vida.
Mc 11,12;14  - É  preciso dar fruto!

“No dia seguinte, quando saíam de Betânia, teve fome. Ao ver, à distância, uma figueira coberta de folhagem, foi ver se acharia algum fruto. Mas nada encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos. Dirigindo-se à arvore, disse: ‘Ninguém jamais coma do teu fruto’. E os seus discipulos o ouviam”.

No contexto da entrada de Jesus em Jerusalém se situa o texto acima com o  objetivo claro de formação aos discipulos. Num espeço de três dias, Marcos descreve a ação decisiva de Jesus rumo à morte e à ressurreição. Em um desses dias, está o texto da figueira infértil.

Mediante uma leitura rápida, talvez alguém se chateasse com Jesus porque destruiu uma árvore. Certamente, sem entender o que realmente significa o texto, tendo em mente a lema “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22), abandonasse a meditação do ensinamento de Jesus. Espero que isso não ocorra nas reflexões em grupo, nas celebrações ou mesmo em particular!


O texto tem como tema central o FRUTO. Jesus procura na figueira aquilo que é próprio da figueira: figo. Mas é no sentido de fruto para comer ou o existe outro tipo de fruto que realmente é fundamental no interesse de Jesus? Marcos nos diz que Jesus ao entrar no Templo de Jerusalém percebe que os seus escolhidos estão corrompidos, preocupados com o mundo, apegados ao poder e a si mesmos. O Templo de Deus virou casa de comércio, ambiente de ladrões, exploradores uns dos outros. No Templo, Jesus procura o fruto esperado por Deus e não o encontra. Aos olhos de Jesus, Israel é uma figueira estéril. Durante muito tempo, Deus cuidou dessa figueira. No Antigo Testamente, ela aparece também como vinha  do Senhor e como uma novilha adestrada . Deus esperava, no tempo oportuno, ter os seus frutos. Deus veio, mas a figueira, a vinha, estava distante dele. Ela deu aos seus amantes  (os idolos) aquilo que era presente de Deus  seu Senhor. O que fazer agora? A figueira não tem o seu fruto devido no tempo de Deus (não era tempo de figo, mas era o momento querido pelo Senhor). Significa dizer que Israel devia permanecer fiel a Deus e esperá-lo em todos os momentos, isto é, precisava viver em vigilância. Pelo contrário, segundo o profeta Oséias, Israel tornou-se prostituta , adúltera, amada dos ídolos. Resultado, a figueira é destruida na sua essência, sinal de que o juízo chegou pra o povo judeu, que será rejeitado . Deus não desiste dos seus e promete vir, ele mesmo, falar ao coração da sua amada .
De fato, o Verbo se fez carne. Jesus Cristo não foi acolhido pelo Povo da primeira aliança e estabeleceu para sempre a Nova e Eterna Aliança no seu SANGUE.
O Evangelista Mateus diz que a figueira SECOU, dando um sentido de severidade (cf. 21,18-22); enquanto Lucas narra o testo como uma parábola que evoca a paciência, mas também com um tom de severidade caso o fruto não venha (cf. Lc 13,6-9). O fato é que Deus leva a sério seu projeto de salvação e espera que os escolhidos façam o mesmo. O povo judeu foi escolhido para Deus e para ser sinal de salvação para o mundo. A verdade é que isso não aconteceu de modo geral nem do modo esperado por Deus. O que fazer então?
O evangelista Marcos entende que o sinal da figueira é um ensinamento para os discipulos. Jesus está preparando seus apóstolos para uma grande missão. Com eles vai adiante o projeto de salvação do mundo na força do Espirito Santo. Os Apostolos e os discipulos são a Igreja no seu começo. Significa dizer que Jesus preparou sua Igreja pra ser o novo povo escolhido com a responsabilidade de dar ao mundo o FRUTO da salvação; de ser no mundo instrumento da graça de salvação para todos. Essa Igreja sou eu, você e todos os batizados no mundo. Somos o povo da Nova e Eterna Aliança de Deus para com a humanidade. Essa verdade nos é ao mesmo tempo sinal de segurança e de temor.
Durante sua história, a Igreja passou por momentos de festa e tormento. Em diversas épocas muitos filhos de Deus se rebelaram contra a fé, venderam-se ao poder e preferiram os ídolos. Por causa disso, tornaram-se frutos podres, galhos secos, contra-testemunhos e inimigos de Deus. Nesses, a Igreja foi humilhada, como acontece hoje ainda, diante dos escândalos. A Igreja de Jesus Cristo carrega na história o peso da desobediência e da infidelidade escandalosa de muitos. Por outro lado, a Igreja de Cristo nunca deixou de ser o ambiente do Reino de Deus na sua vida liturgica sacramental, na prática da caridade, nos mártires e na vida dos santos de modo geral. Estes foram, na história, os frutos benditos do Senhor. Neles, a Igreja se revela segundo a sua verdadeira realidade. Diante disso, qual deve ser nossa posição, de frutos pôdres ou de bons frutos, agradáveis ao Senhor? Essa é uma escolha que deve ser feita no interior de cada um na sua mais íntima realidade. A minha esperança é que toda escolha seja sempre pelo Senhor Nosso, Jesus Cristo na sua Igreja amada.
Nosso tempo atual passa por uma profunda mundança. A natureza parece sem controle. Diante dos desastres naturais, a humanidade começa a se perguntar se o ser humano é tão poderoso como se imagina. O desastre no Japão, como aqueles já conhecidos de todos, revela que nós somos muito frágeis, que o mundo é passageiro, que a nossa vida aqui no mundo tem um fim e que não somos melhores do que ninguém, pois somos da mesma natureza e com as mesmas fraquezas. Nós não fomos feitos para esse mundo. Deus é o nosso presente e o nosso futuro. A eternidade não é uma invenção humana, mas a realidade para a qual devemos caminhar todos os dias. Neste tempo, somos convidados, mais do que nunca, a viver a nossa realidade cristã, que é a verdade, a fé e o amor, esperando que o mundo seja segundo a vontade do Senhor da nossa vida. Essa realidade nossa de cristãos deve começar já em nossa casa e depois para o bem de todos. A nossa fé não deve ser motivo de divisão, mas de construção do reino de Deus no mundo e nos corações. Quem não fizer opção por Deus certamente será rejeitado como o foi a figueira. A rejeição, portanto, é o resultado da escolha errada que se faz no mundo. Sejamos convictos da nossa verdadeira identidade: nós somos CRISTÃOS, Corpo de Cristo e Templo do Espírito Santo.
Que o Pai Todo Poderoso, por Jesus Cristo seu Filho e nosso Senhor, na unidade do Espirito Santo, conceda a você e a todos os seus a graça da salvação neste mundo e na vida eterna. Amém.

Uma santa quaresma e uma feliz PÁSCOA!
Com imenso carinho, Pe. José Erinaldo Ferreira de Lima 

Fonte: Mensagem enviada por email por Ana Paula, do Engenho do Meio.
Meu agradecimento especial a você Ana por partilhar comigo essa mensagem e autorizar a puplicação da mesma no blog Meu Irmão, Meu Amigo como forma de evangelizar, e cada vez nos colocar tão próximo  do nosso querido Padre José Erinaldo.

DEUS SEJA LOUVADO.

2 comentários:

  1. EU QUE AGRADEÇO A VC SANDRA POR TER COLOCADO A MENSAGEM/REFLEXÃO NO NOSSO QUERIDO AMIGO Pe ERINALDO. QUE DEUS A ABENÇÕE E A ILUMINE HOJE E SEMPRE. COM CARINHO ANA PAULA

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  2. Valeu Ana é um prazer sempe contar com vc.Deus nos abençoe.
    Um fraterno abraço.

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