Roberto, jovem acadêmico, tinha um coração de poeta e amava a natureza.
Um dia, passeando pela floresta, observou de perto uma pequena formiga transportando um pedaço de folha.bem maior que o seu próprio tamanho.
Curioso, admirado, Roberto acompanhou o trajeto da laboriosa operária. Súbito, um obstáculo surgiu, desafiador uma estreita fenda no solo
Serenamente, depois de alguns segundos de vacilação, a formiga depositou a folha sobre a fenda. E uma ponte improvisada surgiu.
Abismo atravessado, a formiguinha recolheu sua preciosa carga, seguindo em frente com ares de campeã imbatível.
Fardos e cruzes sobre os ombros, quem não os têm e conhece? Eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes, eles têm.
Grandes, médios, pequenos, ásperos ou leves, eventuais ou de vida inteira.
O jeito de carregá-los revela nossa força ou fragilidade interior.
Karl Barth, filósofo alemão, repetia sempre: “Eu gostaria de viver quatro séculos. Não porque tenho medo da morte,
mas porque amo a vida.
”
Outros, tristes, abatidos, inconformados, rangem e blasfemam: “Tudo sai errado comigo. Por que sofro tanto?
Outros, tristes, abatidos, inconformados, rangem e blasfemam: “Tudo sai errado comigo. Por que sofro tanto?
Eu nem deveria ter nascido...”.
Diga-me como você enfrenta e administra obstáculos e desafios, e eu saberei quem é você: forte ou covarde,
valente ou derrotista, cristão profundo ou superficial, orante ou semiateu.
Como a formiguinha da floresta, também nós podemos transformar em ponte redentora os percalços e as contrariedades do cotidiano.
As vitórias reclamam esforço, coragem, tenacidade, perseverança e motivação.
Viver é lutar, persistir, sem jamais perder a fé, a esperança, a determinação.
Para que o mal triunfe, basta que os bons cruzem os braços na preguiça, na omissão, deixando a vida rolar...
Confúcio nos lembra: “O que sufoca o grão sadio não são as ervas daninhas, é a preguiça do agricultor.”
*Padre Roque Schneider
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